A luta pelo empoderamento feminino cresce no mundo todo. Em diversos países, elas estão se juntando e trabalhando por direitos iguais e no cooperativismo isso não é diferente. Uma nota divulgada pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI), assinada por María Eugenia Pérez Zea, presidente do Comitê Mundial de Equidade de Gênero da ACI, chama a atenção para o fato.

Para ela, as cooperativas precisam incentivar as mulheres a ingressarem no mercado de trabalho e a lutarem pelos seus ideais, colaborando com a sociedade civil, apoiando-as nos processos de sensibilização social e de formulação de políticas públicas. “Deve-se salientar o indubitável poderoso papel que as mulheres ativistas de cooperativas rurais têm realizado na geração de melhores condições para elas e para as suas famílias no campo, ao mesmo tempo que têm contribuído para o progresso do cooperativismo”, comenta María Eugenia.

No campo ou na cidade, as mulheres estão buscando pelo seu espaço no mercado de trabalho, seja ele a frende de um empreendimento ou de uma cooperativa. No Alto Vale o número de mulheres em cargos de liderança cresce significativamente.

Pensando em valorizar as mulheres integrantes do grupo e o papel que desempenham, o Núcleo de Cooperativas da Associação Empresarial de Rio do Sul (ACIRS) promoveu uma homenagem as nucleadas. Um vídeo que retrata a realidade de mulheres do Norte do país liderando cooperativas foi apresentado a todos.

A produção mostra entre barcos e caminhões, “as mulheres de fibra” que contam as suas rotinas e experiências como cooperadas e dirigentes de cooperativas dos ramos agropecuário, transporte, produção e trabalho.

“Tudo na vida é uma questão de equilíbrio e na gestão das empresas/ cooperativas não é diferente. Para o sucesso de uma organização precisamos do equilíbrio de gêneros. As virtudes das mulheres enriquecem nosso Núcleo, nossos debates e nos torna mais eficientes”, conta o coordenador do Núcleo de Cooperativas da ACIRS, Ricardo da Silva.

Para a nucleada, Marlene Baptista Alegri, é muito importante para o Núcleo contar com mulheres líderes. “O Núcleo só se fortalece com a presença destas profissionais. As mulheres possuem uma garra diferente, lutam muito pelo que querem alcançar, são unidas e possuem ideias inovadoras. Por meio da cooperação trabalhamos umas com as outras e com os homens para que os objetivos sejam alcançados”, comenta.