Depois de um período difícil, o mercado imobiliário começa a dar sinais de recuperação em Santa Catarina. Impulsionadas pela melhora na economia e queda nas taxas de juros, as construtoras investem em empreendimentos e as imobiliárias ampliam o leque de opções.
A expectativa do setor é de melhora em 2018, mas isso depende da capacidade do governo de destravar os créditos imobiliários e aprimorar o cenário jurídico para os investimentos. Segundo um estudo realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) os números já mostram reação. Ao comparar o terceiro semestre de 2017 ao de 2016 ocorreu uma elevação de 4,2% nas vendas e 14,7% nos lançamentos.
De acordo com um texto divulgado pelo site G1, na segunda-feira,19, o presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, promete que até o final do mês de março o banco irá reduzir os juros do crédito habitacional com recurso das poupanças.
Além disso, em janeiro a Caixa Econômica Federal ampliou o percentual de financiamento de imóveis usados de 50% para 70% e liberou a linha Pró-Cotista, indicada para trabalhadores que possuem conta no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), para novos financiamentos habitacionais.
Especialistas do mercado imobiliário preveem aumento de 10% nos lançamentos de imóveis novos e usados. Alguns estados como Brasília e São Paulo já retomaram o crescimento. São Paulo conta com uma expansão de 46,1% em relação a 2016.
Em diversas cidades de Santa Catarina já é possível notar a melhora no setor, com novos empreendimentos sendo lançados e o número de vendas aumentando. No Alto Vale, as perspectivas também são positivas.
Um grupo que trabalha em prol do fortalecimento do setor é o Núcleo Imobiliário da Associação Empresarial de Rio do Sul (ACIRS). Por meio de atividades, capacitações e eventos os nucleados realizam ações para promover o crescimento deste mercado na região.
Segundo o Integrante do Núcleo Imobiliário da ACIRS, Juliano Ohf Dalfovo o número de negócios fechados está muito parecido com o cenário de 2017. “No entanto estamos sentindo uma maior procura, principalmente por imóveis de menor valor. Isso nos faz acreditar em uma pequena reação do mercado, porém dependemos muito do crédito imobiliário”, comenta.
