As indústrias rio-sulenses Pamplona Alimentos e Paintech estão consumindo o gás desde julho, portanto já é possível ter números estáveis do uso. Em agosto o consumo mensal destas foi, respectivamente, 13.5 mil m³ e 3.6 mil m³. Os benefícios descritos pelos empresários vão além da economia financeira.
“Como empresários temos que aproveitar as oportunidades, o gás natural foi uma delas. Ele passou na porta da nossa empresa e tomamos a decisão de substituirmos o gás GLP pelo gás natural. Estamos contentes e satisfeitos porque é mais econômico para a empresa Pamplona, há menos processos burocráticos de compra, não há necessidade de estoque e a fatura vem mensalmente”, avaliou a presidente, Irani Pamplona Peters.
“Há vários benefícios, como a comodidade na entrega. O gás está à disposição em rede e pagamos somente o que consumimos, não tendo mais semanalmente entrega de gás por meio de caminhões tanques. Há ainda liberação de espaços físico, como o gás é abastecido por meio de rede não temos mais a necessidade de tanques que serviam de abastecimento e estoque de gás”, conta o diretor da Paintech, Candido Ernesto Prada.
Já a empresa Engecass iniciou o consumo em agosto, então utilizou 6.6 mil m³, número que deve aumentar nos próximos meses. “Após os primeiros 30 dias de utilização tivemos uma redução de 35% no consumo de gás. Mas tivemos um nível de produção menor no mês de agosto, dessa forma, teremos uma avaliação mais correta no decorrer dos próximos meses. Outra vantagem, foi poder eliminar o trânsito de caminhões para fornecimento do combustível. Não sentimos nenhuma alteração no processo produtivo com a troca da matriz energética. Avaliamos que o objetivo inicial de nossa empresa foi atingido sob esses aspectos”, afirma o diretor da Engecass Paulo Roberto da Cass.
O Posto do Encontro está finalizando a estrutura interna para iniciar o consumo de gás natural a partir da rede, o que deve ocorrer nas próximas semanas. Atualmente o posto oferta GNV pelo modal GNC (Gás Natural Comprimido), no qual o insumo é levado por caminhões até o posto. Com a interligação à rede, a tarifa cobrada pela SCGÁS diminui e a tendência é que essa redução seja também sentida pelo consumidor final como prevê o diretor do Posto do Encontro, Sérgio Medeiros. “Existe a expectativa de redução do valor de venda, embora ainda não sabemos qual o preço que será praticado por nossa distribuidora”.
As obras do Projeto Serra Catarinense continuam. O trecho de Agronômica e Trombudo Central – que teve o contrato assinado pelo Governador durante o evento em Rio do Sul-, entre os km 150 e 162 da BR-470, foi licitado. A previsão é que os trabalhos iniciem em outubro.
Apesar de as obras seguirem, novos clientes são interligados nas regiões do Projeto Serra que já têm gasodutos. Um exemplo é o Posto Mediterrâneo, em Rodeio, que foi ligado à rede em junho desse ano. Isso significa que novos clientes de Rio do Sul e região podem utilizar o gás natural em caso de parceria entre a indústria e a SCGÁS.
A avaliação da Associação Empresarial de Rio do Sul (ACIRS) também é positiva. “Os depoimentos comprovam que o gás natural fornecido pela SCGÁS é competitivo e certamente atrairá novos consumidores. A chegada do gás natural também abre perspectivas para outros projetos no Alto Vale, como a geração de energia termelétrica e a liquefação do combustível para o abastecimento de outras regiões”, avalia o presidente da ACIRS, Alex Ohf.