Dirigentes da Associação Empresarial de Rio do Sul (ACIRS) se reuniram nesta quinta-feira, 16, com o comandante geral da Polícia Militar de Santa Catarina, coronel Paulo Henrique Hemm, para reivindicar o aumento do efetivo do 13º Batalhão (BPM), com sede em Rio do Sul. A unidade militar abrange 29 municípios – 28 do Alto Vale e Leoberto Leal-, atende cerca de 300 mil habitantes, mas dispõe de apenas 42% do efetivo necessário para garantir a segurança na região.
Cerca de 550 militares seriam necessários para atuar na área de abrangência do batalhão. Atualmente, 247 estão à disposição. A situação, que já é precária, deve piorar até o fim do ano. Com o ingresso de 18 policiais militares para a reserva remunerada, o batalhão deverá terminar 2017 com apenas 238 PMs. “Nesse momento não tem como precisar um número de policias, mas posso afirmar que haverá reforço. Esse efetivo, é claro, vamos encaminhar ao 13º Batalhão para que seja alocado a outras cidades da região, que apresentarem mais necessidade”. Hemm também afirmou aos diretores da ACIRS, Eduardo Schroeder e Riciéri Ramlov, que uma nova viatura será entregue ao batalhão, nos próximos dias.
De acordo com dados cedidos pelo 13º BPM, a deficiência no efetivo já reflete no crescimento dos índices de criminalidade na região. De janeiro a agosto de 2015 foram atendidas 6.761 ocorrências. Já em 2016 – no mesmo período analisado – o número subiu para 10.618, um aumento de 57%. Somente neste ano foram 11.544 registros. “Para evitarmos um agravamento desta situação é importante que tenhamos um número maior de policiais em todos os municípios da região”, justifica o presidente da ACIRS, Amandio João da Silva Júnior.
O aumento do efetivo vem sendo discutido pela ACIRS e pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), desde reunião realizada em setembro com o comandante do 13º BPM, tenente-coronel Renato Abreu. A solicitação encaminhada hoje também já havia sido exposta ao governador do estado, João Raimundo Colombo, no início de novembro. O pedido, subscrito por diversas entidades da região, é que pelo menos 80 novos policiais militares ingressem no quadro. “Quanto menos segurança pior para o comércio, para as indústrias e por consequência pior para a economia e o desenvolvimento da região”, ressalta Abreu.
“Rio do Sul e região podem esperar por reforço policial pela precariedade de efetivo atual, necessidade devido ao aumento da criminalidade e populacional e demanda reprimida por causa dos policiais que se aposentaram – entraram na reserva remunerada. Precisamos pelo menos equilibrar a situação”, afirma o comandante geral, Paulo Henrique Hemm.
“Diferente de encaminhar o ofício ou fazer uma ligação, a visita foi fundamental. Acredito que teremos um resultado bastante positivo, tanto pela deficiência que temos no Alto Vale, quanto pela forma como temos mantido um bom relacionamento com o batalhão. Devemos ter um aumento relativamente bom no efetivo da região”, afirma o diretor de relacionamento institucional da ACIRS, Eduardo Schroeder.