Um jantar com massas e salada, preparados na residência de Marli Schulle, da Panificadora Coelho Neto, na noite de quarta-feira, 21 de outubro, marcou mais um Workshop de Pratos do Núcleo de Gastronomia da Associação Empresarial de Rio do Su (ACIRS). Os integrantes compartilharam dicas sobre as receitas, falaram sobre suas experiências na gestão das empresas e das equipes de trabalho. “Mais do que um grupo de nucleados ou de concorrentes, nos tornamos amigos”, comentou Marli, ao agradecer a presença dos empresários. 

O encontro também é uma oportunidade para que o grupo conheça a trajetória das empresas participantes. “Criamos a Coelho Neto em 1992, mas só abrimos as portas um ano depois. A ideia foi do meu irmão, Vilson, que fez todo o projeto, mas precisava de uma sócia para administrar o negócio”, relembrou Marli. Naquela época Rio do Sul só tinha três padarias em funcionamento. “Nós iniciamos num espaço pequeno, com 18 colaboradores. Hoje utilizamos também aquele galpão nos fundos como fábrica e depósito e estamos com uma equipe de 52 pessoas”.

A empresária contou que no início o movimento de clientes era baixo e que dois meses após abrirem a padaria, estavam com as contas no vermelho. “Só melhorou quando fomos os únicos a atender na sexta-feira Santa. Tinha até fila para comprar pão naquele dia”. Dali em diante o empreendimento prosperou a ponto da família comprar outros dois estabelecimentos do ramo, que foram vendidos seis anos depois. Hoje a Coelho Neto tem como foco a produção de salgados para o atacado, com entrega feita por frota própria de veículos.

Nos 22 anos à frente da empresa, Marli lembra da principal dificuldade, a enchente de 2011, quando eles perderam todos os produtos, equipamentos e ficaram 12 dias sem vender nada. “Vocês não imaginam o prejuízo que tivemos”, lamentou. Agora, ela comemora a oportunidade de ter mais tempo livre, graças à ajuda do filho Luciano e da nora Ligiane, que se envolveram na administração da empresa.

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