As pessoas sabem, mas esquecem de colocar em prática atitudes que poderiam melhorar muito a qualidade de vida. E para lembrar-se disso os nucleados do NIMOB ouviram a educadora física e personal trainer, Lígia Schwingel, durante a reunião do grupo na segunda-feira, 21 de setembro. “Quando iniciou a colonização, os hábitos dos moradores eram diferentes, com atividades que exigiam muito esforço físico. As pessoas andavam a pé ou de bicicleta por longas distâncias, cortavam lenha para o fogão, buscavam água. Não havia controle remoto para tudo”, brincou Lígia.

Ela ressaltou que atualmente não temos um gasto calórico satisfatório para evitar doenças como o estresse, por exemplo. “As pessoas não querem fazer qualquer tipo de esforço. Isso é uma questão cultural, tudo na vida moderna veio para facilitar. Mas precisamos nos adaptar a essa mudança sem prejudicar a saúde”, acrescentou. Além de não nos movimentarmos como deveríamos também existem outros agravantes para prejudicar o bem estar. São os fatores estressantes, que vão desde o acúmulo de funções, comer enquanto trabalha, ter um ritmo muito acelerado, entre outros.

Outro vilão do mundo contemporâneo são os alimentos, cuja oferta aumentou em quantidade, mas não em qualidade, resultando em um desequilíbrio nutricional. “Não sabemos mais o que estamos comendo e não paramos para questionar se nos faz bem. São muitas opções, mas pobres em nutrientes” alertou Lígia.

Ela ainda chamou a atenção para a falta de relacionamento social. “Nos escondemos atrás das tecnologias, não convivemos com os outros, as crianças não brincam mais nas ruas. O resultado disso também é o crescimento da obesidade”. As consequências da obesidade são: a perda de autoestima, dos movimentos e da vitalidade, surgimento de doenças como diabetes, hipertensão ou problemas cardíacos.

Mas o outro extremo também é prejudicial. O culto exagerado ao corpo perfeito, com uso de anabolizantes ou desgastes físicos excessivos provocam danos muitas vezes irreversíveis. “É necessário usar o bom senso para encaixar hábitos saudáveis na rotina diária”, lembrou a educadora física. Ela deixou como reflexão final uma pergunta: Como você quer chegar aos 80 anos?