Os núcleos da Associação Empresarial de Rio do Sul (ACIRS) realizam atividades que vão além das necessidades de cada grupo. Os integrantes também se preocupam em beneficiar a comunidade com ações sociais, entre elas a divulgação de informações de interesse público.
O coordenador do Núcleo de Informática do Alto Vale do Itajaí (NIAVI), Adolir Nunes da Silva e o nucleado e também diretor de Integração Nacional da Associação Brasileira de Agentes Digitais (Abradi), Sandro Alencar Fernandes, deram importantes dicas sobre Internet segura.
A Internet no Brasil é segura?
SANDRO: Não. Temos como exemplo o caso do governo norte americano monitorando desde e-mails da nossa presidenta até várias outras informações. No mundo inteiro é difícil dizer que a Internet é 100% segura, vai depender muito do quanto se quer manter os dados restritos.
ADOLIR: O usuário hoje não tem ciência de quão exposto ele está para ser explorado pelos hackers. A cautela no uso de equipamentos com acesso à Internet precisa ser mais frequente a cada dia, porque hoje, infelizmente, muita gente ainda usa a Internet para o mal.
Que dicas podem ser usadas para não se expor tanto nas redes sociais?
SANDRO: Uma vez ouvi numa palestra o seguinte: “Não faça na Internet aquilo que sua mãe não aprovaria”. Se for publicar uma foto ou uma informação, pense se ela não causará algum problema ao ser visualizada, como fotos íntimas, fotos que provoquem constrangimento ou até algum tipo de risco. Não adianta publicar e depois de dez minutos tirar, pois pode ser que alguém já a tenha capturado para uso indevido. Também existem outras técnicas como a atualização do computador e das senhas.
ADOLIR: Números apontam que 14% das crianças de 02 a 10 anos são usuárias de internet no Brasil. E por terem acesso fácil à tecnologia é preciso começar com a educação desde cedo, mostrando o quanto ficamos expostos. Dentro das empresas também é preciso ter um cuidado eficiente. O primeiro pecado do empresário é achar que seus dados não interessam a ninguém. Hoje a invasão de computadores das empresas para o sequestro de informações é uma prática comum. Os hackers criptografam o banco de dados e depois exigem um resgate para liberar a senha para ter acesso a ele novamente. Outra recomendação é usar sistemas legalizados e antivírus.
Como garantir a segurança das informações pessoais?
SANDRO: No caso das redes sociais, o usuário é que define quem pode acessar as informações e o que cada pessoa poderá ver. Em outros casos, procure ler as políticas de divulgação de informação. Com a criação do Marco Civil no Brasil, deverá ser estabelecida uma legislação para proteção e uso das informações.
ADOLIR: O próprio usuário é que define quem ele irá aceitar como amigo nas redes sociais. Hoje, a moda é ver quem tem mais contatos. Mas isso preocupa, pois as pessoas não sabem o grau de exposição que isso causa. Às vezes não chega a 10% o número de contatos que conhecemos realmente. Ou seja, nossas fotos, nossas viagens, estão lá para todos verem, e tem gente só esperando esse tipo de oportunidade. A tecnologia é muito dinâmica, e cada vez mais teremos opções para filtrar e restringir as informações.
Como tornar o computador mais seguro para as crianças?
ADOLIR: Os pais usam a tecnologia hoje como um calmante para os filhos. Deixam os tablets, telefones, notebooks nas mãos das crianças e não sabem exatamente o que elas estão fazendo. A internet é escancarada, por isso a necessidade de criar limites, bloquear alguns sites e conteúdos, manter softwares de proteção. Além disso, deve haver orientação em casa e nos colégios, já que as crianças recebem equipamentos tecnológicos muito cedo, sem nem terem ainda o senso crítico formado. Os pais devem sempre dar uma investigada para ver o que os filhos estão acessando.
SANDRO: Existem tecnologias para tornar o computador mais seguro para as crianças, que definem horário para acesso, usuários, monitoram o que está sendo utilizado. Mas o básico é manter o sistema operacional atualizado, assim como o antivírus. Proibir não resolve, o importante é a dosagem e não incentivar o uso para crianças muito pequenas.
Fonte: Rádio Amanda FM
