Durante uma hora e meia, os nucleados conheceram as técnicas usadas em construções sustentáveis, que foram apresentadas pela arquiteta Carolina Kuhl. O encontro, realizado na manhã de terça-feira, 10 de fevereiro, ampliou os conhecimentos do grupo sobre o conceito de sustentabilidade, que envolve o equilíbrio entre aspectos sociais, ambientais e econômicos.
Carolina citou exemplos de arquitetura sustentável pelo mundo, entre eles o da cidade de Masdar, nos Emirados Árabes. “O projeto deles é ousado, a cidade inteira está sendo construída no meio do deserto com o que há de mais ecologicamente correto e com arquitetura totalmente adaptada ao clima do local”, contou.
Os integrantes do núcleo de arquitetura concordaram que a bioconstrução é uma saída, pois tudo é feito com materiais disponíveis no meio ambiente, mas o custo é alto e falta mão de obra especializada. Além disso, a sociedade tem preconceito, conhece pouco sobre as técnicas e não há uma consciência ambiental suficiente para optar pela bioconstrução. “Somos reféns do que é culturalmente aceito. Mas utilizando a técnica correta, tendo profissionais treinados e um bom projeto dá para fazer coisas lindas, a exemplo de Ouro Preto”, afirmou Carolina.
A arquitetura sustentável surgiu na década de 60 e usa conhecimentos de milhares de anos. Vai além da construção civil, já que se preocupa com o meio ambiente, a saúde das pessoas e a adaptação ao clima. São técnicas conhecidas: adobe, cimento queimado, taipa de pilão, Cob, terra palha, Calfetice, Super Adobe e teto grama (telhado verde). Todas levam em conta o baixo impacto ambiental na extração da matéria prima, o ciclo de vida dos materiais e a energia economizada após a construção pronta.