O cenário que se descortina e que desencadeia o movimento de transportadores de cargas e suas reivindicações é similar àquele enfrentado por trabalhadores, aposentados e empresas de todos os portes e setores no Brasil.  

Ressalvadas as reivindicações intrínsecas à categoria dos transportadores; os sucessivos reajustes nos preços dos combustíveis aliado à falta de segurança e ao atraso em investimentos para adequação de capacidade das estradas têm atingido todos os cidadãos.

Investimentos urgentes como a duplicação de toda a extensão da BR-470/SC até a sua interseção com a BR-116 arrastam-se há anos em rascunhos e estudos em Brasília aguardando um pulso forte. São segregados pela má gestão e pela ineficiência na aplicação dos recursos públicos.

Reajustes sucessivos como aqueles aplicados à tarifa de energia elétrica também têm penalizado a todos, inclusive empresas. Estas absorvem ou quando podem transferem o aumento para o preço de venda dos produtos e serviços que, consequentemente, chegam até as famílias, que os consomem. As famílias, perdem poder de compra, e as empresas, competitividade em um ambiente que é de concorrência internacional.

A ACIRS é solidária à causa dos transportadores, num momento em que toda a economia caminha para a estagnação. Entende, todavia, que as consequências da paralisação são altamente prejudiciais a diversos segmentos produtivos que desde o ano passado tem substituído verbos como contratar e expandir por demitir e frear investimentos.

ALEX OHF 
Presidente da Associção Empresarial de Rio do Sul