O tema inovação foi abordado pelos palestrantes, Maurício Bretano e Moysés Simantob, no Dia da Informação, promovido pelo Núcleo de Informática do Alto Vale do Itajaí (NIAVI), da Associação Empresarial de Rio do Sul (ACIRS). O evento, realizado na noite de quinta-feira, 19 de novembro, na Unidavi, tem como objetivo oferecer capacitações para a comunidade e estreitar o relacionamento entre acadêmicos e empresários do setor de Tecnologia da Informação (TI). “Elaboramos este evento baseado nas necessidades das empresas. Neste momento de crise, precisamos disseminar a cultura da inovação”, afirmou o coordenador do NIAVI, Adolir Nunes da Silva.
Ao focar na inovação como alternativa para que as organizações cresçam além dos limites que alcançaram de forma tradicional, os dois convidados ressaltaram que todo o processo deve estar centrado em um único elemento: o ser humano. É o caso da Seekr, uma plataforma de relacionamento entre marcas e consumidores, onde Bretano atua como diretor de operações (COO). A empresa oferece benefícios inovadores para os clientes, baseados nas informações que os consumidores publicam sobre eles nas redes sociais e, atua com inovação e suporte. “As pessoas sempre ouvem falar de forma conceitual a respeito de inovação, mas nosso case mostra como nós a empregamos na prática e como é feito o planejamento. Porque inovar custa dinheiro e você tem que acertar, para isso é preciso planejar”, ressaltou Bretano.
O planejamento na Seerk é composto por diretrizes que envolvem o lançamento de novas ideias no mercado a cada 45 dias. Elas devem gerar impacto financeiro para a empresa e ter escala para todos os clientes. “Todas as nossas ideias devem ter um protótipo e documentação. Nesse estágio, se houver erros, os aceite e use para evoluir. Quem não se arrisca não consegue fazer algo original. Mas, ouça o cliente, identifique suas necessidades antes de iniciar o investimento”, defendeu Bretano.
A observação do ser humano também é apontada por Simantob como o ponto central. “Inovação só é inovação quando é aceita pelo cliente. Gaste mais tempo conversando, observando, porque negócio bom é aquele que entrega algum valor ao cliente”, disse ele. “Inovação é disciplina, que deve ser incorporada como competência, não se aprende da noite para o dia, ela deve ser experimentada”, complementou. Ele destacou que esse trabalho pressupõe a necessidade de os colaboradores estarem envolvidos em uma cadeia de valores, sob uma gestão inovadora. “Para isso é preciso ter inovação na remuneração, no horário de entrada e saída, nas tomadas de decisões”, defendeu Simantob. Para o empresário, a orientação é passar 70% do tempo na rua e em rede e, 30% no escritório. “Invista e desenvolva as pessoas e não saia da universidade”, finalizou.
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