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Voos iniciam em 2016 no Aeroporto Regional do Planalto Serrano

Sala de Imprensa: Notícias 11/09/2015
Voos iniciam em 2016 no Aeroporto Regional do Planalto Serrano
Reunião - Secretária de Infraestrutura SC

O Aeroporto Regional do Planalto Serrando irá receber voos comerciais ainda no primeiro semestre de 2016. O compromisso foi assumido pelo secretário de Estado de Infraestrutura (SIE), João Carlos Ecker, em reunião com lideranças de Lages, Correia Pinto e Rio do Sul, na quinta-feira, 10, em Florianópolis.

A pressão das comunidades Serrana e do Alto Vale, para o início da operação do aeroporto, cuja construção se arrasta há 18 anos em Correia Pinto, cresceu desde que o Estado viabilizou o início dos voos comerciais em Jaguaruna, na região Sul. “Há dois anos tivemos uma reunião com o governador, e ele disse que em seis meses o aeroporto estaria pronto. E até agora nada”, comentou o presidente da ACIL, Luiz Spuldaro.

Durante o encontro a secretaria expôs um check-list com as intervenções obrigatórias para que o aeroporto possa receber a homologação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), inicialmente para voos visuais: a adequação da cerca que delimita o sítio aeroportuário e da sinalização horizontal da pista de pousos e decolagens, além do asfaltamento da via que liga a pista e a Seção Contra Incêndios. Este pedido deve ser protocolado na próxima segunda-feira, na ANAC.

Para a homologação no Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta II) será necessária ainda a conclusão do Plano de Zona de Proteção, que irá regulamentar e organizar o uso do solo nas áreas circunvizinhas ao aeroporto. A expectativa do Governo é que o documento seja concluído ainda em setembro.

Segundo o diretor de Transportes da Secretaria de Infraestrutura, José Carlos Muller Filho, serão necessários ainda a instalação da rede lógica, de telefonia, de um gerador de subestação, além de móveis e outros equipamentos no Terminal de Passageiros. O secretário da pasta, João Carlos Ecker garantiu, entretanto, que os recursos para estas intervenções só estarão disponíveis para o orçamento de 2016.

Ligação entre o aeroporto e a BR-116 ainda não foi concluída

De acordo com o Governo do Estado, as obras no acesso ao aeroporto estão praticamente paradas em função do atraso nos repasses de recursos pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), no valor aproximado de R$ 1,9 milhão. “Tá difícil de fazer a coisa andar”, pontuou Müller, que solicitou apoio político para que os recursos do convênio possam ser liberados.

Outro convênio (R$ 1,2 milhão) está emperrado na Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC) e é fundamental para a instalação dos instrumentos de auxílio à navegação, necessários para a homologação posterior para voos por instrumentos.

Para superar estes obstáculos, uma audiência deve ser agendada ainda neste mês em Brasília com o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha. Na oportunidade a comitiva deve reivindicar ainda a compra do caminhão AP-2 de combate a incêndio, cujo investimento pode chegar a R$ 1,8 milhão. “Sem ele não há voo comercial”, afirmou Müller. Com o equipamento o Aeroporto Regional do Planalto Serrano deve ser homologado para categoria 5, o que possibilitaria o início das operações pelas companhias aéreas. “A GOL quer usufruir do que foi oferecido a ela (pelo Estado). E ela vai vir e vai fazer voos, sim”, assegurou o diretor da SIE.

Lideranças reivindicam instalação de ILS

Um assunto que gerou divergências entre a equipe técnica do Estado e as lideranças presentes à reunião foi a instalação do Sistema de Pouso por Instrumentos (ILS). Para o diretor da SIE este seria um passo muito grande para um aeroporto que ainda não está homologado, sobretudo, diante da escassez de recursos. “Não temos ILS em Chapecó. Trabalhamos lá com VOR precário e deveria ser melhorado. É uma dificuldade grande e infelizmente esta é a realidade”.

Para o presidente do SIMMMEL de Lages, Celso Marcolin, o ILS deve ser reivindicado desde já para evitar interrupções nos voos em função de condições climáticas adversas. “Se começar a cancelar os voos, esqueçam do aeroporto. Ninguém vai querer arriscar”. No ano passado o ILS foi instalado no Aeroporto de Joinville, a um custo de cerca de R$ 8 milhões. O empresário pediu ainda que as lideranças arregacem as mangas e assentiu um novo voto de confiança na equipe do Estado.

O secretário executivo da ACIRS de Rio do Sul, Cleber Stassun, reforçou que a conclusão do aeroporto se tornou ainda mais urgente depois de o Governo Federal adiar de 2017 para 2022 a conclusão das obras de duplicação da BR-470/SC. “Se hoje levamos três horas até o aeroporto de Navegantes, vamos levar cinco até a obra estar concluída”.

Ao final do encontro as lideranças entregaram um ofício à SEI, solicitando informações acerca da execução de contratos, da segurança e vigilância do patrimônio e da expectativa sobre a administração, manutenção, operação e exploração do aeroporto. Uma comissão formada por representantes de diversas organizações irá acompanhar o cronograma e a evolução das obras.

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